11.10.04

NOS EMBALOS DE IPANEMA – Feriado de 12 de outubro. Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. E dia das crianças. Pois foi nesse dia tão especial que o festeiro Guilherme Araújo recebeu um grupo de amigos para um almoço a fim de comemorar o aniversário de sua grande amiga Thereza Eugênia. Guilherme é um expert em comemorações. E para deleite de seus convidados mandou servir uma inacreditável moqueca de camarões. Camarões enormes, suculentos, servidos com caruru e vatapá. Um delírio gastronômico para o paladar dos comensais.


Quando cheguei para o almoço já estavam lá o empresário Paulinho Lima, Vera Figueiredo, Rodrigo Argollo, Diana Aragão e Ângela Bosco, a senhora João Bosco, que estava estreando nova cor de cabelo. Ela substituiu o antigo loiro pelo atual ruivo. Está linda. Logo depois surgiu o fotógrafo Marco Rodrigues, quase totalmente recuperado do acidente que lhe fraturou a perna. Depois chegou um grupo de lesbian-chics, amigas da homenageada.


A reunião começou a ficar animada mesmo com a chegada de Renato e Kiki Caravaglia. Renato é um gentleman. Bom papo, ele contou histórias divertidíssimas e encantou a todos com sua risada. E Kiki sempre dá um toque de classe com a sua presença. Noelza Guimarães chegou logo a seguir, trazendo consigo toda aquela aura de grande dama da sociedade carioca. A muqueca já tinha sido servida quando Tânia Caldas chegou acompanhada da bela Maria, filha dela com Raul Cortez.


Entre risadas, gracejos, taças de vinho, piadas, e fofocas, o assunto mais discutido no encontro foi o desconforto dos convidados com o Rio de Janeiro. Todos muito incomodados com a violência e com o clima de miséria humana, social e existencial que se instalou em todos os cantos da cidade. E não era nostalgia. Era a triste constatação que a cidade estava realmente vivendo uma guerra civil. E até então ninguém ainda tinha tomado conhecimento da reportagem do jornal The Independent, que chamou o Rio de terra da cocaína e da carnificina. Que horror!


Aquele grupo de cariocas reunido no almoço teve a oportunidade de desfrutar o Rio na sua fase áurea. Verdadeiros ícones da vida social carioca. Personagens de uma época em que a cidade era mesmo um paraíso e um sofisticado centro de produção cultural. Pessoas que curtiram o Rio de Janeiro no tempo em tudo acontecia em Copacabana e que Ipanema era apenas uma praia mais longe. Ficaram todos contando histórias do Beco das Garrafas, do Castelinho, do Regine´s, da Montenegro, do Pé Sujo, do Pizzaiolo, do Jangadeiros...


Mesmo com essas evidências, durante todo o almoço o astral esteve altíssimo. O bom humor foi a tõnica de todo o evento. Renato Caravaglia contou de sua viagem a Manaus com a mulher e a filha; Paulinho Lima me disse que está se mudando para Laranjeiras, depois de sofrer mais um assalto em sua mansão em Niterói; Maria Cortez contava que está trabalhando na Daslu, em São Paulo; Rodrigo Argollo comentava com todos como Sonia Braga está bonita e elegante (ele esteve na festa da Sonia no Galeria Café); Guilherme Araújo contava que está indo sexta-feira para Nova York, vender o seu apartamento em Manhatan, que fica no prédio ao lado do edifício Dakota.


Como gosta de dizer Antonio Calmon, gente fina é outra coisa!





NOS TATAMES DA CIDADE -A revista TATAME, publicação brasileira dedicada às artes marciais completa dez anos em novembro. A TATAME surgiu com a grande popularidade do jiu-jitsu no início dos anos 90 e com o crescente interesse do público masculino pelos idolos, campeonatos e bastidores desse esporte. No início a edição era feita em papel jornal no formato tablóide e, com o tempo, foi evoluindo graficamente até chegar ao luxuoso formato atual, com tiragem mensal de 20 mil exemplares. Nos últimos dez anos a publicação acompanhou de um ângulo privilegiado todo o movimento das artes marciais no Brasil e no exterior. Assim como a popularização do jiu-jitsu brasileiro nos EUA, Europa e Ásia. E tampém a explosão dos campeonatos de Vale Tudo como evento para o grande público. Na edição de outubro, que acabou de chegar nas bancas, Marcelo Alonso, um dos editores da revista, publica extensa reportagem sobre a explosão do jiu-jitsu na Europa. Durante um mês Alonso visitou vários países do velho mundo, cobrindo campeonatos, visitando academias e entrevistando lutadores. Sob o título "Vale-Tudo Brasileiro coloniza a Europa", o jornalista escreveu:


Seis anos após conquistar os Estados Unidos e o Japão, a modalidade criada por Carlos e Hélio Gracie nos anos 30, para provar a eficiência de seu Jiu-Jitsu frente às outras artes, finalmente ganhou o Velho Mundo. No início, muitos achavam que era uma moda, outros apenas não concebiam que aquela prática terceiro-mundista pudesse se transformar em uma febre na capital cultural do mundo. Mas a demanda pelas fitas do Ultimate Fighting Championship e do Pride acabaram levando-os a iniciar o processo de rendição. Tal qual os exércitos de César (50 AC), Napoleão Bonaparte (1800) e, posteriormente, Adolph Hitler (1940), o Jiu-jitsu invadiu a Europa, fincando bandeira em 90% do continente. A começar pelo Leste Europeu (Rússia) e pela terra dos vikings (Finlândia), indo para a Holanda e então alcançando todo o continente. Até encontrar sua meca na Inglaterra, hoje com dezesseis associações de Mixed Martial Arts e dezenas de equipes.




DEU NA TATAME - Royler Gracie volta aos ringues em novembro. Desta vez lutando no ringue havaiano do Rumble of the Rock, Royler terá pela frente um antigo conhecido: o local Baret Yoshida. Royler e Yoshida já se enfrentaram na final de Abu-Dhabi e, na ocasião, o Gracie saiu vencedor. Agora Royler confirma o serviço nas regras do Mixed Martial Arts. "Sei que no chão ele é muito perigoso. Gosta de pegar o braço, aplicar triângulos, mas não conheço muito da trocação dele não", confidenciou Royler em entrevista exclusiva a TATAME. Royler viaja para o Havaí faltando dez dias antes do evento, que rola no dia 20 de novembro e contará com o apoio de seu primo Rodrigo Gracie, enfrentando o havaiano BJ Penn.

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