21.1.05

Você sempre torce para o mais fraco e ele sempre perde.


ALEXANDRE, O GRANDE - Fiquei muito impressionado com o filme do Oliver Stone, sobre o nobre imperador. ALEXANDRE é um filme tão gay, mas tão gay, que eu acho que ele devia se chamar ALEXANDRA. Numa entrevista o diretor se queixou da imprensa que, segundo ele, tinha uma obsessão pela homossexualidade do bravo imperador guerreiro. Mas o filme de Stone reforça a ambiguidade sexual do personagem. E isso é a melhor coisa do filme. Acho que nem Almodovar teria sido tão ostensivo. O único defeito do filme é o defeito de todos os filmes de Oliver Stone: a mão pesada. Mas a música de Vangelis e a atuação dos atores alivia o peso do diretor. Colin Farrell está sensacional como o protagonista. A paixão de Alexandre por Hefestion parece ser a força que estimula o imperador a lutar. Quando o bofe morre, ele morre de também. É belo, ousado e comovente.




O PRAZER DA LEITURA - Estou me deliciando com o livro O COMPLEXO DE PORTNOY, de Phillip Roth, que a Companhia das Letras acaba de relançar. O livro foi um grande sucesso de vendas na virada dos 60 para os 70 e transformou o autor numa celebridade da literatura americana. Decidi ler o Portnoy depois de ver na internet um artigo de Paulo Francis em que ele recomenda o livro e o coloca numa lista de obras fundamentais para a formação literaria.




MAD MARIA - A editora Record me manda a nova edição do livro de Marcio de Souza MAD MARIA, que está sendo relançado em função da minissérie que estréia na próxima semana na TV Globo. Já li o livro há mais de dez anos. É um clássico da literatura brasileira e merece ser aplaudido de pé. Marcio de Souza é um escritor brilhante. A obra do escritor me foi apresentada por Antonio Calmon, que é amazonense como Marcio. Certa vez Calmon me emprestou um livro do Marcio chamado A Condolência, dizendo que eu devia lê-lo pois era uma obra-prima. Li o livro e fiquei impressionado. É um trhiller de ação, ambientado no auge da ditadura militar. Escrito com muito rigor e domínio de texto. Fiquei tão impressionado com o livro que quando chegou ao final eu comecei a lê-lo novamente. Depois, totalmente encantado com a literatura de Marcio de Souza, comecei a ler seus outros livros que eu catava na biblioteca do Calmon. Um atrás do outro eu li A Ordem do Dia, Mad Maria e Galvez, O imperador do Acre. Foi um mergulho delicioso no que há de mlehor da literatura brasileira. A Ordem do Dia parece uma história do James Bond, no meio da ditadura militar no Brasil. Mad Maria é um épico grandioso como uma super-produção do David Lean. Tem amores, paixões, aventura, ação, complô político... Mas a coisa que mais me impressionou, quando li o livro, é que ele insinua que Ruy Barbosa era homossexual. Será mesmo verdade ou isso foi apenas delirio do escritor?

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