22.5.05

O PRAZER DE UM TAPA NA CARA – O destaque da semana, na TV, foi a volta do programa Saia Justa, agora com outro elenco e outro visual. Foi um bom programa. Divertido e curioso. As mulheres disseram coisas interessantes e muita bobagem. Destaque para Betty Lago afirmando com aquele seu jeito afetado. “O mundo é gay”. Mônica Walvogel está cada vez mais hilária. Marcia Tiburi, a escritora gaúcha, é um luxo. E fiquei com a impressão que, antes do décimo programa, Luana Piovani vai brigar feio com todas elas.


O que me chamou a atenção no primeiro programa foi o Momento Saia Justa, quando o ator Oscar Magrini perguntou as quatro se elas pediam para apanhar quando estavam fazendo amor. Realmente rolou uma tremenda saia justa. Luana ficou indignada com a pergunta. Ela não entendeu que o ator fez a pergunta porque ele fazia um personagem, numa novela, que batia na mulher, Silvia Pfeiffer, e ela adorava. Então, inspirado na história do seu personagem, ele perguntou se elas, quando faziam amor, gostavam de apanhar. Nenhuma das quatro respondeu.


Para mim, como telespectador, foi uma frustração. Elas ficaram visivelmente constrangidas, como se ele tivesse perguntado algum absurdo. Todas as quatro enrolaram, fizeram afirmações genéricas tipo: entre quatro paredes vale tudo. Mas ele não queria saber de tudo: queria apenas saber se elas pediam para apanhar quando estavam fodendo. Foi frustrante, pois elas apareceram na TV com umas caras de “minha família está vendo o programa em casa”. Ai que saco!


Como elas não responderam a pergunta do Oscar Magrini eu fiquei imaginando coisas. Acho que, das quatro, a que mais deve gostar de apanhar na cara quando está dando a boceta é a Mônica Waldvogel. Ela tem a maior cara de quem fala pro bofe: “Bate. Mas bate feito macho!” A Betty Lago também deve gostar de apanhar, mas como ela só namora com gay, é ela quem deve bater. A Marcia Tiburi deve ser dessas que gosta de apanhar na xoxota. E a Luana Piovani eu vou perguntar para o meu querido Marcos Palmeira, que já foi namorado dela.


Eu adoro que me batam na cara quando estou fazendo amor. É uma delícia. Principalmente quando o bofe sabe bater. Várias das minhas amigas curtem essa modalidade de fazer amor. Minha dentista já me confessou que adora. Michele, do Posto Seis, costuma me mostrar as marcas roxas do seu corpo quando a gente se encontra na praia. Priscilla, do Posto Oito, certa vez me disse que a primeira vez que ela apanhou de um rapaz, no momento de fazer amor, ela se assustou, ficou apavorada, achando que ele a estava agredindo. Ela tinha apenas dezesseis anos. Mas hoje, quando ela está namorando um bofe novo, a primeira coisa que ela fala para ele são as palavras mágicas: “Me bate!” Certa vez eu encontrei minha amiga Júlia na Visconde de Pirajá. Ela estava bem sexy, de minissaia, bota e óculos escuros. Típica garota de Ipanema. Quando ela me viu, tirou os óculos escuros, exibiu uma marca roxa no olho esquerdo e falou toda coquete: “Foi o Luciano quem fez isso. Estou apaixonada”.


Esse “Momento Saia Justa” me fez lembrar de um bofe que foi meu amante anos atrás. Reinaldo era um sujeito sensacional. Um garanhão de Copacabana. Lindo, charmoso, sensual. Seu corpo era perfeito. Todos os músculos no lugar. Peitoral, pernas de jogador de futebol, bíceps. Só que não tinha músculos de academia. Ele era malhado pela vida, pelo futebol de praia, pelas braçadas no mar. Eu ficava louco quando via no Arpoador aquele escândalo de bofe. Sua pele era macia, quente e tinha o sabor salgado do mar. Além de tudo isso, ele gostava de sexo e trepava muito bem. Adorava comer um cu. E ele tinha uma namorada, por quem era apaixonado, mas a tolinha não dava o cu para ele. Ainda bem...


Certa vez, nós estávamos transando, fazendo um sexo maravilhoso e, no entusiasmo, eu pedi pra ele: bate na minha cara. Ele parou um momento surpreso e me disse com ternura: Eu não gosto de bater. Eu só gosto de fazer carinho. E alisou sua mão suavemente sobre o meu rosto. Whal... Isso me deixou ainda mais louco por ele. Nunca vou esquecer esse momento mágico da minha vida sexual. Foi lindo ver aquele bofe maravilhoso, aquele Deus de Copacabana, por cima de mim dizendo que não gostava de bater. Eu só gosto de fazer carinho...


Entre idas e vindas, nosso caso durou alguns verões. Depois ele casou com a garota por quem era apaixonado e mudou totalmente de vida. Rompeu comigo e se afastou completamente dos antigos amigos. Parou de fumar maconha. Ficou totalmente careta. Hoje se dedica integralmente à família: a mulher e os filhos. O cara é completamente louco pelos filhos. E eu percebo que ele se preocupa em passar para as crianças uma imagem tradicional do que é ser um pai. Outro dia eu o encontrei por acaso. Ele agora já não é mais o garotão de praia que conheci, mas continua um homem muito gostoso. Eu só faltei implorar por uma noite de amor, mas ele me disse que tudo o que havia acontecido entre nós era coisa do passado...


Quando eu conheci Reinaldo ele tinha vinte anos. Aliás, nós tínhamos vinte anos. Nessa época eu era uma verdadeira sereia do Arpoador e ele estava sempre na praia. Eu ficava louco quando o via de sunga, aquele corpo maravilhoso bronzeado e aquele ar petulante de quem é dono do pedaço. Até que um dia ele se aproximou e me perguntou porque eu olhava tanto para ele... A partir desse dia ele passou a freqüentar meu apartamento. O sexo com ele sempre foi fantástico. Um verdadeiro show da vida. Mas nós também conversávamos muito. E eu adoro ouvir as histórias dos bofes. E certa vez ele me contou uma história sensacional que vou contar para vocês.


Um dia, quando fumávamos um baseado depois de fazer amor, ele comentou comigo que tinha morado seis meses na Alemanha e tinha conhecido várias cidades do País. Perguntei como e porque ele tinha ido parar na Alemanha. Ele me disse que quando tinha quatorze anos, estava na praia de Copacabana com um grupo de amigos e conheceu um alemão. O cara ficou louco por aquele garoto bonito e fez várias fotos dele na praia. O pai de Reinaldo, que é policial, se aproximou do turista, começaram a conversar e ficaram amigos. Então o alemão propôs ao policial fotografar o filho dele nu, mediante o pagamento de um cachê em dólar. E o pai dele simplesmente concordou. E autorizou o alemão a fotografar o filho pelado.


O alemão voltou para o seu país, mas não esqueceu os brasileiros amáveis que conhecera em sua estada no Rio. Agradecido, sempre mandava postais de Berlim. Um ano depois estava novamente no Rio, trazendo presentes para toda a família do garoto: o pai, a mãe e o irmão. Dessa vez ficou num apartamento alugado por temporada, que o próprio pai do menino arrumou. E era lá que ele fotografava o menino pelado. Fotografava nu e chupava o pau dele. O alemão ficou um bom tempo no Rio e, quando precisou voltar para a Alemanha perguntou ao policial se podia levar o garoto para passar um tempo com ele lá fora. E o pai autorizou, mediante um pagamento em dólar, o filho de quinze anos viajar para a Europa com o seu amigo alemão. E foi assim que ele passou seis meses viajando de Mercedes pela Alemanha, conhecendo cidades lindas e sendo fotografado e sendo chupado pelo fotografo alemão.


Eu cheguei a conhecer esse alemão na casa do Reinaldo. O sujeito vinha sempre ao Brasil e agora já ficava hospedado no apartamento da família. Eu tinha ido até lá para ficarmos juntos e quando cheguei o hóspede estava se preparando para sair. Fomos apresentados. Ele era charmoso, simpático e boa pinta. Trocamos algumas palavras e quando ele saiu eu fiz uma cena de ciúmes. “Você agora vai ficar curtindo aqui com esse cara?” Reinaldo sorriu compreensivo e me respondeu. “Agora eu já estou velho demais pra ele. O alemão só gosta de garotinho”.

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