19.11.06

O LIVRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM – O que mais impressiona no novo livro de contos do Rubem Fonseca é o frescor do texto. O escritor esbanja juventude com o seu perfeito domínio do uso das palavras. O modo como narra suas histórias, todas batizadas com nomes de mulheres, transformam seu livro numa comovente apologia ao desejo heterossexual. É que, para homenagear as mulheres, Rubem Fonseca produziu um texto que transborda virilidade. Inteligente, profundo, denso, lírico. Ela & outras mulheres é um livro para se ler de joelhos, agradecendo a Deus por premiar a língua portuguesa com um escritor tão magnífico.

Alice é o nome de mulher que batiza o primeiro conto. É a história de um menino de quatorze anos, gago e que é um péssimo aluno de português. Os pais estão preocupados com as dificuldades do filho quando uma professora da escola se propõe a dar aulas particulares para o adolescente. Em pouco tempo o rapaz pára de gaguejar e começa a ler Machado de Assis com entusiasmo. Os pais ficam impressionados com o milagre promovido pelas aulas particulares de dona Alice. Um belo dia o pai do menino é procurado por um delegado da infância e da adolescência que acusa a professora de estar abusando sexualmente do garoto. Longe de ficar indignado, o pai dá um jeito de se livrar do delegado e ainda permite que o garoto continue com suas aulas particulares como se nada tivesse acontecido. São contundentes, tanto a narrativa, quanto a ideologia da história.

Com clima de film-noir um outro conto relata o encontro casual de Diana, uma granfina ninfomaníaca, com um homem misterioso. Desse pequeno encontro Fonseca constrói uma das narrativas mais eróticas da literatura brasileira. Aliás, o livro pulsa erotismo. Transborda sensualidade. Mesmo quando descreve uma cena de suspense, existe toda uma sensualidade na situação, no cenário ou na emoção dos personagens. O bacana no livro é que o leitor tem a nítida sensação de que Rubem escreveu aquelas histórias de pau duro. E não é pau duro apenas pelas mulheres, as grandes homenageadas. É pau duro pela literatura. Pelo prazer da narrativa. Pelo gozo de saber contar uma história. Eu não estaria exagerando se dissesse que se alguém torcer o livro, vai escorrer porra de suas páginas. Mas é uma porra abençoada. Ejaculada apenas para lisonjear os leitores.



O LIVRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM - Chovia na cidade, mas foi em clima de festa a noite de autógrafos de Patrycia Travassos que lançou seu livro Monstra, na Argumento do Leblon. Uma penca de fãs e amigos enfrentaram a chuva e foram prestigiar a atriz e escritora. Leilane Neubarth foi a primeira a chegar. Ela estava gostosíssima com uma calça comprida justa e uma sensual blusa de malha. A roupa branca valorizava o tom bronzeado de sua pele e, ao mesmo tempo, realçava a beleza dos seus olhos. “Adoro a Patrycia. Sou fã de tudo o que ela faz”, disse Leilane para os repórteres. Na fila de autógrafos Cao Albuquerque, Luiz Carlos Góes, Sonia Thomé, José Lavigne, Falcão, João Barone, Kátia B...

Regina Casé tentava ser elegante usando um conjuntinho listrado, blusa e calça comprida Prada e uma gigantesca bolsa Louis Vuitton de flanela. “Ela é rica”, comentou o jornalista Júnior de Paula enquanto os fotógrafos disparavam seus flashes em direção à artista. Já Perfeito Fortuna ficou irritado porque ninguém quis fotografá-lo: Noite de autógrafos e´um saco. Tem que comprar livro, ficar em fila... Kátia Bronstein, a cantora Kátia B, estava linda, ao lado do marido João Barone: Acho a Patrycia Travassos uma das mulheres mais inteligente do Brasil.

Quando Jorge Fernando chegou foi logo gritando para os fotógrafos: Cheguei! Todos os cliques se voltaram para ele que fez poses engraçadas provocando risos. Eu amo a Patrycia, ela é uma excelente colega de trabalho. Foi só por causa dela que me dei ao trabalho de vestir uma calça comprida, disse o diretor, que só anda de bermuda. Depois chegou o Falcão, o vocalista do Rappa. Carolina Dieckman entrou na livraria, com uma capa de chuva Dolce & Gabbana e os cabelos loiros num rabo de cavalo. Ao vê-la Luiz Carlos Góes exclamou: Ai que medo! Eu sempre acho que essas atrizes que interpretam vilãs nas telenovelas incorporam as personagens. Mas, para desapontamento de Góes, ela não incorporou nem um pouco a Leona. Carolina estava só doçura. Falou com todo mundo. Atendeu com carinho os fãs que pediram fotos e autógrafos. Foi gentil com o garçom que lhe ofereceu uma coca. E deu muitos beijos na Patrycia...


Madonna vem aí...

 

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