26.4.07

IPANEMA EM CHAMAS – A Associação de Moradores de Ipanema reuniu, no Hotel Everest, um grupo de moradores, comerciantes e empresários, para apresentar o Plano de Segurança para o bairro, nos moldes do que já existe em Santa Tereza. Pessoalmente, eu não acredito muito nesse conceito de criar planos de seguranças para cada bairro. Acho que a segurança pública deve ser planejada pensando a cidade como um todo. Mas, como a questão de segurança pública no Brasil é complicada, vale a pena qualquer iniciativa no sentido de diminuir a insegurança e a desordem social da metrópole desgovernada por César Maia.

O projeto é bem interessante. Na reunião estavam presentes o representante da prefeitura o empresário ipanemense Marcelo Monfort, o Tenente Coronel Carlos Millan, a fundadora do Movimento Basta! Beatriz Kunh, a representante da Associação de Moradores Maria Amélia Fernandes e o delegado titular da 14ª DP José Alberto Laje que fez muito sucesso com o público. De todas as pessoas que levantaram questões sobre segurança e conflitos sociais na cidade, foi o Delegado Laje quem demonstrou ter uma visão mais abrangente dos problemas e suas possíveis soluções.

O Delegado Laje começou sua palestra detonando as Cooperativas de Catadores de Lixo, responsabilizando-as pelo sem número de moradores de rua em todos os bairros do Rio. Segundo o delegado, a maioria dos delitos da zona sul como assalto a pedrestes e arrombamento de automóveis e estabelecimentos comerciais são praticados pelos mesmos moradores de rua que catam lixo para as cooperativas. Para José Alberto Laje a Prefeitura não devia permitir que mendigos, meliantes e bêbados catassem o lixo da cidade. Para ele esse serviço deveria ser feito apenas por garis profissionais.

Quando expôs seu ponto de vista o Delegado foi muito aplaudido pelos ipanemenses. Afinal, ele tem toda a razão. A população da cidade paga uma taxa de lixo para a Prefeitura. E quem paga tem todo o direito de cobrar pelo serviço. E a prefeitura não tem feito sua parte, permitindo que o lixo reciclável seja recolhido de forma amadora com a desculpa de que está promovendo inclusão social. A história não é bem assim.

Por trás do recolhimento de lixo da prefeitura do Rio está um dos maiores esquemas de corrupção e desvio de dinheiro público da nossa República de Bananas. Nas prefeituras das cidades de todo o Brasil a limpeza pública é uma das grandes fontes de desvio de dinheiro público. Se não for a maior de todas. Roubar através das estatais de limpeza urbana é quase uma tradição na política brasileira. Por que aqui no Rio seria diferente?

Uma serpente venenosa que se arrasta sorrateira pelos corredores da Câmara dos Vereadores me contou no Posto Nove que César Maia paga cerca de dois milhões de reais por mês para uma ONG organizar o recolhimento do lixo reciclável da cidade. Não precisa nem dizer que essa ONG pertence a cupinchas e partidários políticos do prefeito e sua família. Dois milhões de reais por mês significam vinte e quatro milhões por ano. Esse dinheiro se fosse bem empregado daria para retirar da rua todos os homeless da cidade. Mas, em vez disso, essa dinheirama serve para pagar a vida nababesca de uma famosa personalidade política, ligada ao prefeito, que mora num chiquérrimo apartamento na Vieira Souto.

Odeio ONG!

O que o Delegado não disse, mas, certamente ele sabe muito bem, é que, por trás desse falso programa de inclusão social, diluido no sistema da limpeza urbana, está um dos mais sórdidos esquemas de desvio de dinheiro público já visto pela cidade de São Sebastião. E é um esquema tão perverso que, para existir, ele precisa que haja, cada vez mais, um número maior de pessoas morando na rua. Vejam só a cara de pau do prefeito e sua gangue. Eles alegam que o recolhimento do lixo reciclável, feito pelos catadores, ajuda na inclusão social, já que os catadores vendem para as cooperativas, por uma ninharia, o lixo que recolhem. Ao mesmo tempo, para que esse esquema corrupto funcione é preciso que haja cada vez mais pessoas vivendo debaixo de marquises e viadutos. Ou seja, em vez de retirar essas pessoas da rua, César Maia tem um esquema que estimula a existência de moradores na via pública. Puta que pariu!

É por essas e por outras que a miséria no Brasil só faz aumentar. É que aqui a miséria se transformou num negócio lucrativo. ONGs, partidos políticos e autoridades precisam que exista uma população cada vez maior de pobres e miseráveis para assim utilizá-los como laranjas involuntários para seus esquemas de desvio de dinheiro. E o recolhimento de lixo no Rio de Janeiro é o exemplo perfeito de como isso pode funcionar muito bem para os corruptos em detrimento do bem estar da sociedade.

Agora durma-se com um barulho desses.

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