30.4.10

A SORBONNE É AQUI – O Doutor em Filosofia Rafael Haddock-Lobo é o queridinho do momento entre os alunos do IFCS, a Sorbonne carioca. Suas aulas sobre o filósofo Niezstche costumam levar ao êxtase os alunos do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Largo de São Francisco. “Ele é o Sócrates do IFCS”, decretou uma de suas alunas, impressionada com a generosidade intelectual do Mestre. Haddock-Lobo segue a tradição platônica de ofertar o saber aos discípulos com prazer e generosidade. Valter Marcelo, um de seus alunos, não consegue falar do professor Haddock-Lobo sem usar a palavra “maravilhoso”. Nos corredores da Sorbonne do Largo de São Francisco os alunos só falam no livro Os filósofos e a arte, que o professor Haddock-Lobo está lançando pela Editora Rocco. É uma coletânea de textos onde algumas cabeças coroadas do pensamento em língua portuguesa escrevem sobre a relação entra a filosofia e a produção artística. Tem nomes como Fernando Santoro, Guilherme Castelo Branco, Imaculada Cangussu, Kátia Muricy e Guilherme Castelo Branco, entre outros. Haddock Lobo coordenou e editou o livro em cada texto relaciona um filósofo célebre a uma manifestação artística. Para celebrar o lançamento do livro os aprendizes de filósofo da Sorbonne tropical pretendem lotar a Livraria da Travessa (no centro do Rio), na próxima quinta, dia 6 de maio onde, a partir das 18:30 haverá um debate com a participação do Sócrates do IFCS e alguns dos autores dos artigos que compõem o livro.




OS FILÓSOFOS E A ARTE - O que têm em comum a filosofia e as artes? Desde a antiguidade, filósofos e artistas tentam desvendar, compreender e traduzir os mistérios da vida, do universo e do inconsciente, mas quais pensadores dedicaram seus estudos a compreender os processos de criação e apreciação artística? Em Os filósofos e a arte, 15 autores brasileiros revelam a relação entre estas duas áreas em ensaios sobre 15 filósofos, desde Platão até Derrida. Apesar das afinidades, a relação guarda alguns momentos de estranhamento. Platão, por exemplo, apresenta uma visão pragmática do papel da arte, enquanto Kant submete a apreciação do objeto artístico à comparação com a beleza da natureza, inicialmente com ligeira vantagem para os apreciadores da segunda.



Primeira obra a tratar exclusivamente da relação entre o pensamento filosófico e a arte, Os filósofos e a arte leva o leitor desde a antiguidade até a formação do conceito de estética moderna, com autores como Kant, Hegel e Schopenhauer; à estética contemporânea, a partir de Nietzsche; e aos pensadores ligados à escola de Frankfurt, como Adorno, cuja obra, com forte viés político, apontava a transformação das criações artísticas em mero objeto de consumo.
Organizado pelo doutor em filosofia Rafael Haddock-Lobo, o livro ajuda a compreender o pensamento de autores como Aristóteles, Hegel, Schopenhauer, Nietzsche, Heidegger, Walter Benjamin, Marcuse, Adorno, Levinas, Merleau-Ponty, Deleuze, Foucault e Derrida, demonstrando como cada um buscou compreender o impulso de criação artística e a relação entre a arte e o seu próprio tempo.



O trabalho de cada autor é descrito e interpretado por um estudioso de sua obra: Fernando Muniz, Fernando Santoro, Virgínia Figueiredo, Márcia Gonçalves, Rosa Maria Dias, Rosana Suarez, Marco Antonio Casanova, Katia Muricy, Imaculada Kangussu, Rodrigo Duarte, Ricardo Timm de Souza, Marilena Chaui, Ovídio de Abreu, Guilherme Castelo Branco e Paulo Cesar Duque-Estrada, que, em textos que combinam rigor acadêmico com uma linguagem acessível, lançam luz não apenas sobre a obra dos filósofos, mas também sobre as maiores questões e transformações do período em que viveram.


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