28.5.12


Meu nome é Gal e desejo me corresponder com um rapaz que seja o tal...



VAPOR BARATO – A Folha de São Paulo publicou, em sua edição na internet, que a cantora Gal Costa se recusou a receber sua colega Marina Lima, no camarim, depois do show “Recanto”, que ora faz temporada em São Paulo. “Marina, quem? Não conheço nenhuma”, teria dito Gal, ao ser questionada sobre a ex-amiga. Segundo a Folha Gal teria rompido relações com Marina quando esta revelou, numa entrevista, que teria perdido a virgindade com a baiana, quando tinha dezessete anos. Na época Gal ficou furiosa com a declaração da Marina. Ela sempre foi uma pessoa muito discreta com relação à sua vida pessoal e não gostou da exposição, que considerou sensacionalista.  Desde então, Marina já fez de tudo para receber o perdão de Gal, mas esta se mostra irredutível. A baiana se recusa a perdoar Marina pela indiscrição. A irritação de Gal com a colega é tanta, que ela não quis recebê-la em sua casa, na Bahia, quando Marina foi, pessoalmente, lhe pedir desculpas. Marina não quis ofender a amiga. Apenas não tem problemas de falar abertamente sobre a sua vida sexual.

A razão da zanga de Gal tem um motivo muito mais do que singelo. A cantora adotou uma criança. Um menino. E não quer que o seu passado de “artista de vanguarda”, digamos assim, interfira nessa coisa bacana que surgiu na sua vida: o amor maternal pela criança que adotou. Amigos próximos contam que Gal é uma revelação como mãe. Ela adora o menino e cuida dele como se fosse seu próprio filho. É amorosa, dedicada, atenciosa e apaixonada. Desde o momento em que adotou a criança, esta se tornou a coisa mais importante da sua vida. Mais importante até do que a sua própria carreira artística. Não é bonito isso?

Quando Marina cometeu a sua indiscrição Gal ficou apavorada, com medo que o juiz lhe tirasse a guarda da criança. Mas o juiz entendeu que o seu amor de mãe foi uma bênção para a criança. E não levou em consideração os arroubos juvenis da estrela. Afinal, todos já fomos jovens...

O curioso e divertido nessa história, é que Marina persegue Gal Costa desde garota. É uma história que vem desde a juventude. A sapatoníssima Thereza Eugênia, fotógrafa favorita das divas da MPB, conta que, quando menina, com treze, quatorze anos, as paredes do quarto de Marina eram recheadas de fotos de Gal, que na época fazia sucesso no Rio com o show “Fa-tal”. A obsessão de Marina vem desde essa época, quando a baiana morava na rua Farme de Amoedo e ainda existiam em Ipanema as chamadas “dunas da Gal”.

Marina era obcecada pela voz de Gal. Ouvia seus discos o dia inteiro. Achava a baiana a mulher mais bonita do mundo, com sua cabeleira ondulada. Como era muito menina, certa vez pediu a um tio que a levasse ao show da artista, no Teatro Tereza Raquel. A partir daí, ficou definitivamente apaixonada. A garota morava na Vieira Souto e ficava a manhã inteira na janela do seu apartamento esperando a diva da MPB passar em direção à praia. Tímida, ela se escondia atrás da cortina e ficava admirando sua musa a caminho das famosas dunas. Depois ela conseguiu, não se sabe como, o número do telefone do apartamento de Gal e ficava ligando o dia inteiro. Quando Gal atendia, e dizia “alô”, ela desligava nervosa e excitada. A baiana ficava atordoada, sem saber quem tanto ligava para ela apenas para ouvir sua voz. Pensava que era João Gilberto, famoso por suas esquisitices...

Paulinho Lima, uma biba saltitante que foi secretário de Gal, conta que, muitas vezes, quando ia à praia com a cantora, notava que eles eram seguidos por uma menina gordinha, que ficava olhando para eles, escondida atrás das árvores da rua. “Que menina esquisita aquela que fica te olhando e se escondendo atrás das árvores”, comentava com a estrela. Gal apenas sorria. Muitos anos depois o saltitante veio descobrir que aquela menina chamava-se Marina e também era uma artista muito talentosa. Só quando completou dezessete anos Marina conseguiu realizar o seu grande sonho: fazer amor com Gal.

Não é lindo, o amor?

Madonna vem aí...

 

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