18.6.12




Se tua vida agradar a muitos, não poderá agradar a ti. 


RIO+20 - Tanta gente, tanta produção, tanta discussão na Rio+20, mas o xis da questão relativa a palavra "sustentabilidade" já está bem claro: o planeta está com uma superpopulação. Não cabe mais ninguém na Terra. O planeta não está mais dando conta de tanta gente sugando sua energia. É muito "ser humano" para a Terra alimentar, dar de beber, fornecer energia, etc. Além disso, o ser humano tem um problema muito sério: ele quer...  O homem quer isso, quer aquilo, quer tudo...  Existe até uma corrente filosófica que defende o conceito que o progresso da humanidade só aconteceu por causa dessa mania que o homem tem de querer. O homem quer casa, que comida, quer ficar rico, quer casar, quer ter filhos, quer viajar, quer que seu time seja campeão do mundo, quer ter carro, quer ser feliz...  Enfim, o ser humano quer...

E o pobre do planeta Terra que dê conta de satisfazer todo "o querer" desse homem que nunca está satisfeito...

Uma das coisas que mais me chamou a atenção na Rio+20 foi a participação da musa Gisele Bundchen. Eu adoro a Gisele. Tenho grande admiração pela sua beleza e pelo seu talento. Tenho orgulho dela ser brasileira. Acho bacana que ela seja uma pessoa preocupada com a ecologia e com o meio ambiente. Sempre que pode a linda mulher dá um jeito de chamar a atenção sobre essas questões. Aplausos para ela. No dia mundial do meio ambiente Gisele plantou a primeira das cinquenta mil árvores de um projeto de reflorestamento do Rio de Janeiro. 

Acontece que, ao mesmo tempo, a imprensa afirma que a modelo está grávida de seu segundo filho. Que Deus os abençoe. Que Gisele seja muito feliz com seu filho e sua família. Mas eu acho uma incoerência uma pessoa defender o meio ambiente e, ao mesmo tempo, engravidar, sabendo que o planeta já tem sete bilhões de habitantes. Ora, bolas! Essa é uma questão que os ambientalistas (e não ambientalistas) se recusam a encarar de frente: ter filhos, nos dias de hoje, não é um comportamento "sustentável". De repente, engravidar é algo que vai de encontro ao equilíbrio do meio ambiente. Essa é que é a realidade da vida no século 21.


O habitante do planeta Terra está numa encruzilhada. Para que sejam resolvidos os problemas ligados ao meio ambiente, o ser humano vai ter que mudar radicalmente sua forma de se reproduzir, seu conceito de família, seus valores morais, etc. Isso significa mexer com preceitos religiosos, ideologias políticas, princípios éticos e morais e muito mais. E essas questões (que são o xis da questão) não estão sendo aprofundadas na Rio+20, simplesmente porque todos sabem que é um vespeiro. Os ativistas ambientais não vão conseguir resolver os problemas da Terra, sem que haja mudanças radicais no comportamento da sociedade. A verdade é que a coisa está feia. Faz muito tempo que o homem perdeu o controle da situação. (Se é que, em algum momento, o homem teve esse controle...) Os selvagens capitalistas e os políticos corruptos só querem saber do lucro imediato e "foda-se o meio ambiente".  Vide Belo Monte. O fato é que a Rio+20 deveria ter sido realizada há trinta anos atrás. 


Algo que merece registro é que a reprodução humana, a gravidez, como símbolo do amor heterossexual, se tornou uma ameaça à sustentabilidade. Afinal, é o excesso de habitantes no planeta que está causando problemas. Nesse contexto, as relações homossexuais vão, cada vez mais, serem convenientes para o planeta, já que o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo não resulta em reprodução. 


Deus escreve certo por linhas tortas? Ou ri melhor, quem ri por último?


Madonna vem aí...

 

Postagens mais vistas