1.7.14














A COPA DO MUNDO É NOSSA - A coisa mais comum é encontrar pelas ruas do Rio grupos de turistas estrangeiros batendo bola pelas calçadas. Coisas da Copa do Mundo. Da minha janela posso ver gringos caminhando enquanto chutam uma bola. Em geral, uma bola vendida pelos camelôs, com a bandeira do Brasil impressa. Ontem, na rua Souza Lima, um grupo de jovens ingleses caminhavam em direção à praia chutando uns para os outros uma bola dessas. Semana passada, voltava para casa bem tarde, tipo quase duas da manhã, e vi perto da minha rua um grupo de estrangeiros jogando futebol na calçada. Pareciam argelinos. O fato é que os torcedores estrangeiros mudaram a cara do Rio. Mudaram para melhor. Levantaram o astral da cidade com sua alegria e amor ao futebol.

No dia em que a Colombia desclassificou o Uruguai, o calçadão da avenida Atlântica ficou lotado de torcedores colombianos. Uma gente alegre, divertida, alto astral. Comemoravam com bebida e alegria, mas também com muita educação. Pessoas civilizadas, elegantes. Vibraram com a vitória do seu país cantando e dançando os ritmos latinos do seu país. Salsa e merengue! Num dado momento, Copacabana parecia o arremedo de um musical da Broadway, com as pessoas dançando no meio da rua.

Bacanas também são os torcedores americanos. Alegres e festivos, eles estão vibrando com a participação do seu país na Copa do Mundo. Eles se produzem muito, usam elementos da bandeira americana, pintam a cara e gritam muito o nome do seu país. Mas, infelizmente, são sempre muito rejeitados. Ontem mesmo, antes do jogo entre Alemanha e Argélia, um grupo de torcedores americanos, rapazes bonitões, com o corpo pintado, penacho na cabeça e a bandeira usada como capa de super-herói, foram vaiados quando começaram a gritar o nome do seu país. Acontece...

Foi emocionante assistir ao jogo entre França e Nigéria no telão do Fifa Fan Fest instalado nas areias de Copacabana. Queria torcer pela Nigéria, já que a França é sempre uma ameaça ao Brasil. Mas o lugar estava lotado de franceses com suas caras pintadas e quando eles começaram a cantar com fervor o hino do seu país, não resisti e mudei de lado. Torci pela vitória da França. Mas me chamou atenção, mais uma vez, o fato do jogador Benzema se recusar a cantar o hino do seu país. Ele é francês, mas filho de argelinos, e acredita que a Marselhesa, o hino francês, é xenófobo, ou seja, prega o preconceito contra os imigrantes. É estranho um atleta que se recusa a cantar o hino do seu país.

O mesmo aconteceu no jogo entre Alemanha e Argélia. Comecei torcendo pela Argélia, mas Copacabana estava lotada de torcedores alemães. A maioria fantasiados, com as caras pintadas e adereços coloridos na cabeça. Eram tantos e tão alegres que foi impossível não se deixar contaminar pela felicidade deles. Sexta-feira França e Alemanha jogam em pleno Maracanã. Alguma coisa me diz que essa cidade vai enlouquecer. Os dois times são excelentes e contam com uma torcida numerosa aqui na cidade. Pena que um desses times vai ter que voltar ao seu país...

Na saída do Fifa Fan Fest um jovem francês me ofereceu dois ingressos para o jogo França x Alemanha, por cinco mil reais. Que tal?

       

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