7.7.02

Nos embalos de Ipanema. Um sol de inverno acaricia a praia. A gostosa temperatura da água alivia o vento quase frio. No Castelinho converso com Marlos, geógrafo, professor de geografia. Ele é um cara simpático, charmoso e sexy. Marlos me fala do seu trabalho. Conta que sempre adorou geografia e que está preparando uma monografia. O tema da monografia? “A importância da paisagem na praia de Ipanema”. O professor está fazendo um levantamento sobre as mudanças na paisagem de Ipanema nos últimos cem anos e, a partir daí, analisar os prós e os contras da urbanização no bairro.




Marlos me contava sobre a sua monografia quando, de repente, ele fez uma pausa, respirou fundo e disse: “aquela é a garota mais bonita do Rio de Janeiro”. Então eu me virei para ver de quem ele falava. Era ela!!! Cíntia. Que caminhava na beira da praia, enquanto o sol de inverno se punha por trás dos edifícios, deixando uma luz levemente avermelhada manchando o azul do céu. Cíntia parecia uma miragem de tão bela. Sua beleza teve sobre mim o efeito de uma droga poderosíssima. Imediatamente a paisagem ficou diferente. Mais bela, mais colorida, mais doce, mais serena. Foi como se Chet Baker tivesse começado a cantar My Funny Valentine com uma nova letra. My Funny Cíntia! Seus delicados pés descalços pisavam a areia e os pequenos grãos pareciam lisonjeados por serem pisados por ela. Seus longos cabelos caindo sobre os ombros valorizavam seu perfil de linhas perfeitas. Sua presença fez com que uma aura de encanto e beleza tomasse conta de toda a praia. Logo no momento em que Marlos falava sobre a paisagem de Ipanema. E o que seria da paisagem sem Cíntia? O que seria do pôr do sol sem o calor de Cíntia? O que seria das ondas do mar quebrando na praia sem o frescor de Cíntia? O que seria da brisa delicada que soprava do oceano sem a leveza de Cíntia? O que seria de Ipanema sem Cíntia?








Madonna vem aí...

 

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