31.12.02

A ceia de natal foi tudo de bom. Champanhe e caviar. Além de finas iguarias. Foi a melhor noite de natal dos últimos tempos. Estava todo mundo no maior alto astral. Clima de afeto e solidariedade. Carinhos, bom papo. Clima familiar. A ceia estava uma delícia. Salmão. Lagosta. E peru com uma farofa de cenoura que merecia um Oscar. E haja champanhe. Foi linda minha noite de natal.


Depois da ceia fui à MELT, uma casa noturna do Leblon. Eu e Graça Motta dançamos a noite inteira ao som de um grupo de percussão chamado Eletrosamba. È um desses grupos moderninhos que misturam percussão ao vivo e um DJ. Foi ótimo. Principalmente porque eles tocaram várias músicas de Jorge Benjor que é um artista que eu adoro.


Cheguei em casa às cinco da manhã. Estava me preparando para mergulhar na cama quando toca o telefone. Era meu amigo Gibi, me convidando para ir para Arraial D´Ajuda. Nem pensei duas vezes. Aceitei o convite na hora. Peguei uma bolsa, enchi de bermudas, sungas, camisetas, camisas coloridas, tênis e sandálias. Apertei cinco baseados para fumarmos durante a viagem. Logo depois estávamos seguindo em direção ao litoral sul da Bahia.


O que eu mais gosto de fazer quando viajo de carro é admirar a paisagem. Os vales. A imensidão de áreas verdes. O gado pastando. É lindo o Brasil! Foram doze horas de viagem. Paramos apenas para esticar as pernas e botar gasolina. Como era 25 de dezembro as estradas estavam vazias. Quando atravessávamos os perímetros urbanos as cidades pareciam fantasmas de tão vazias. Doze horas e cinco baseados depois estávamos no paraíso.


Quando cheguei em Arraial fui direto para a cama, na pousada Peixe Vivo. Dormi doze horas sem parar. Afinal, eu estava virado desde a noite de natal. Quando acordei na manhã seguinte, depois de um lauto breakfast, corri para a praia. Caminhei solitário até as falésias e fiquei tomando banho de mar pelado. Curtindo a paz e a natureza.


Arraial está uma loucura! Maior clima de festa e alto astral. Os homens mais bonitos do Brasil vieram todos para cá. Eles ficam circulando pela cidade de sungão, bêbados e drogados. As mulheres não ficam atrás. O clima de pegação é total. A lambaeróbica na praia do Parracho é uma loucura. No primeiro dia teve show de Ivete Sangalo. Nem o temporal que caiu desanimou os foliões.


Aliás, depois do dilúvio no show da Ivete não parou de chover um só instante. O céu ficou completamente nublado. Choveu durante os três dias seguintes. Só melhorou no quarto dia, mesmo assim o céu continua nublado. Mas o clima de carnaval continua. Os bofes ligam o som do carro a toda altura e fiquem requebrando ao som das músicas baianas. Eles remexem os corpos, invariavelmente malhados, dando ênfase aos quadris e a bunda. Eu olho para eles e penso: “Isso não vai dar certo!”

Madonna vem aí...

 

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