4.7.05




A imaginação é mais importante que o conhecimento.




PARIS EM CHAMAS - O Quartier Latin ainda e o lugar mais charmoso de Paris. O lugar ferve no final da tarde. O clima boemio com estilo frances tem me divertido muito. Adoro passear na rue de Buci, sentar num cafe e observar o movimento da rua e ouvir o som de um acordeon de um rapaz que toca para os turistas. Na rue Huchete, que fica logo adiante, tem varios restaurantes gregos, com musica tipica ao vivo e aquele costume de quebrar os pratos...


Ontem passei o dia inteiro com Debora Melissa, uma amiga brasileira que mora na Belgica. Ela viajou tres horas de carro apenas para me conhecer pessoalmente. Ficamos amigos atraves da internet. Ela lia esse BLOG na Belgica e me mandava e-mails sempre gentis e carinhosos. Trocamos muitas mensagens pela internet. E quando escrevi contando que estaria em Paris nas minhas ferias ela fez questao de vir me visitar, com Hans, o marido belga que e um fofo, e duas amigas brasileiras. Fizemos um passeio divertido a Montmartre, depois passeamos no jardim do Louvre, depois fomos a Torre Eiffel e acabamos o dia em frente a Notre Dame. Debora e a cara da Bel Kutner. Identica. Igual. Ate o modo de falar e parecido. Fiquei impressionado com a semelhanca. Adorei conhece-la pessoalmente. Ela e um amor...


O cineasta frances Claude Lelouch esta com um novo filme em cartaz: Le Courage D'aimer. E um filme encantador, bem no estilo do cineasta, com muita musica e a paisagem de Paris servindo de cenario para varias historias de amor, misturando personagens que sao artistas: atores e cantores durante a realizacao de um filme. O cinema dentro do cinema! As musicas sao de Francis Lai, velho parceiro do cineasta, desde os tempos de Um homem, uma mulher. Adorei o filme...




PARIS EM CHAMAS - Impressionante o sucesso do mito Leonardo Da Vinci. Ele viveu numa epoca em que nao havia radio, televisao, nem internet. Hoje, quinhentos anos depois, o seu sucesso se equipara ao de um astro pop. Ontem estive cara-a-cara com a Mona Lisa. Eu olhava para aquele quadro e pensava porque a Gioconda havia se tornado a obra de arte mais famosa da historia da humanidade. No Museu do Louvre havia uma parede inteira so para ela. E uma multidao se acotovelava para ve-la, admira-la e fotografa-la. Diante dela, as pessoas se comportavam como se estivessem diante da Madonna...


Eu poderia ficar meses dentro do Louvre admirando todas aquelas pinturas maravilhosas... O museu oferece um banquete requintado do que de mais importante foi criado pelo homem em termos de arte... Fiquei um dia inteiro dentro do Museu e so sai quando os funcionarios me expulsaram... Quando entrei no Museu fui direto na Mona Lisa, disputando espaco com turistas tailandeses, argentinos, americanos, vietnamitas, irlandeses, australianos... Acho que O Codigo da Vinci deu um "upgrade" no mito da Gioconda, pois havia uma verdadeira histeria do publico diante dela. Mas, como fui um dos ultimos a sair do Museu, quando ja estava indo embora, ao passar na sala da Gioconda, nao havia mais ninguem. Entao, durante uns quatro ou cinco minutos, eu pude admira-la sozinho... Enquanto os funcionarios do Museu me olhavam com impaciencia eu pude ficar parado diante dela, observando cada detalhe do seu rosto, das suas maos, do seu sorriso enigmatico e do seu olhar, que parece mais vivo do que o de muitos seres humanos...


Dias antes, enquanto eu assistia as filmagens do Codigo da Vinci, aconteceu algo divertido. Um homem branquelo, muito serio, de cabelos muito louros, circulava pelo set vestido com uma batina marrom. Eu olhei para ele e disse: "Silas! Voce e o Silas!" Ele deu um sorriso e respondeu: "Sim, eu sou o Silas. Sou um sujeito mau. Muito mau." Depois me perguntou: "Voce leu o livro... Acha que estou parecido com o personagem?" Eu respondi: "Claro, quando eu te vi nao tive duvidas... Ele e o Silas." O sujeito com quem eu falava era o ator Paul Bettany, que interpreta o fanatico religioso Silas, que mata um funcionario do Museu do Louvre, dando inicio a trama do livro O Codigo da Vinci. Cinema e a maior diversao!


Assistir as filmagens do Codigo da Vinci foi sem duvida um dos programas mais divertidos das minhas ferias em Paris. Eu adorei ler esse romance. Foi um livro que me deu muito prazer e me provocou muito estimulo intelectual. Por isso foi uma incrivel coincidencia estar em Paris no momento em que o livro esta sendo filmado. E o mais incrivel e que foi tudo muito divertido. Aconteceram coisas muito engracadas durante as filmagens. Por exemplo: um onibus que passava pela rue de Rivoli bateu num poste pois o motorista se distraiu com o movimento de luzes e cameras. Nada de grave pois ele nao dirigia em velocidade. So que a cena provocou aplausos de um grupo de turistas muito elegantes, que assistiam as filmagens em frente ao Hotel do Louvre, um sofisticado cinco estrelas que fica bem em frente ao Museu.


Tambem dediquei um dia inteiro a visitar o Museu D'Orsay, onde ficam os quadros dos grandes da pintura francesa: Monet, Gauguin, Manet, Lautrec, Camille Pissarro, Van Gogh... Toda aquela rapaziada sensacional que, com sua arte, nos faz acreditar que a humanidade tem salvacao...


Perdoem a falta de acentos. Os teclados dos computadores franceses nao obedecem aos meus comandos...

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Madonna vem aí...

 

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