19.1.07




O que está para trás e diante de nós são pequenos detalhes se comparados
com o que se passa dentro de nós.





O NOME DELA É ESTER – Quando Madonna se tornou uma discípula do judaísmo e começou a estudar a Cabala mudou o seu nome para Ester, em homenagem a essa mulher que é um dos mais fascinantes personagens da Bíblia. Alguns fãs, por se acharem muito íntimos da estrela, costumam chamá-la simplesmente de Ester, a soberana da Babilônia cuja beleza sempre esteve à altura de sua imensa sabedoria. Agora os fãs de Madonna vão poder saber tudo sobre Ester, a rainha que salvou o seu povo. É que a editora Record está lançando O QUARTO DOURADO, romance da escritora americana Rebecca Kohn.

A história bíblica da rainha Ester, invejada por sua perseverança, charme e beleza incomparável, igualada apenas por sua intensa sagacidade, inspirou mulheres ao longo dos séculos. A trajetória desta que é uma das figuras mais admiradas do Antigo Testamento, e uma das mulheres mais poderosas da Bíblia, ganha contornos de romance histórico através do texto de Rebecca Kohn .

Capturando as paixões e intrigas políticas que tornaram o legado de Ester atemporal, O QUARTO DOURADO cria um complexo e convincente retrato da pessoa por trás do mito. Com acurada pesquisa histórica e riqueza de detalhes, a autora recria as particularidades do Império Persa. E reinventa a vida da rainha que saiu dos estratos sociais inferiores da Babilônia para se transformar na pessoa mais querida do rei e salvar seu próprio povo da destruição.

Órfã e aterrorizada, Ester, nascida em Hadassah, precisa esconder sua origem ao começar uma nova vida com o primo, um homem bem posicionado na corte, a quem está prometida. Sua beleza estonteante chama a atenção e logo ela é raptada para o harém real. E é na luxúria desse mundo proibido que se transforma em mulher. Ester conquista o que procura: o coração do Rei Xerxes e a libertação do seu povo. Mas a sua ascensão ao trono tem um preço: terá que voltar às costas a tudo o que alguma vez desejou, e entregar o corpo a um homem que nunca amará.

Inspirado em uma heroína lendária, O QUARTO DOURADO levanta questões instigantes a respeito do preço da liberdade e das relações de poder entre homens e mulheres. Ilumina de forma assombrosa um dilema épico entre os desejos do coração de uma mulher e as obrigações impostas pelo seu destino.

Rebecca Kohn nasceu em Chicago. Desde criança, alimentava o sonho de se tornar escritora, o que logo a levou a escrever contos e poemas. Formou-se em literatura inglesa, com especialização na ficção do período vitoriano e nos poetas do Romantismo. Após sair da faculdade, trabalhou como editora em um periódico de economia e finanças. Segundo a autora, o convívio diário com números e fórmulas a tornou uma pesquisadora meticulosa e exigente, o que a ajuda a escrever seus romances.


O QUARTO DOURADO (trecho do livro)

Fui conduzida à presença do rei Xerxes no seu palácio real, no décimo mês, que é Teveth, no sétimo ano de seu reinado. Mas eu não fui levada a ele naquela primeira noite no meu próprio corpo. Eu era uma deusa, uma suma sacerdotisa de Ishtar, uma estátua, uma virgem. Eu falei muito, eu me calei. Estava ansiosa por servi-lo. Estava relutante. Estva preparada para o que quer que o rei desejasse que eu fosse. Mas minha carne não era minha. E eu não traí Mardoqueu sendo eu mesma. Caminhamos até o harém, atravessamos o salão, e passamos por outra porta guardada por um soldado que ia dar num corredor. A opulência do palácio do rei excedia em muito dos aposentos de Hegai. Ricas tapeçarias em lã cor de violeta pendiam de varetas de prata do comprimento de dois homens. O tapete sob meus pés era macio e grosso como um colchão estofado de penas. Estátuas de mármore branco polido, a maioria de mulheres nuas, estavam postadas a intervalos regulares. Muitas dela, como vim a saber mais tarde, eram despojos de guerra contra os gregos.

Paramos na extremidade de um grande pátio interno. Tirei de dentro da capa o jarro de vinho que Hegai tinha me dado para que eu me acalmasse. Um dos eunucos ergueu seu véu para que eu pudesse beber, depois pegou o vinho e colocou-o sobre a mesa. Centenas de velas de sebo iluminavam o pátio com um tal brilho que parecia de manhã. Pude ver o calçamento, um mosaico de lápis-lazuli e madrepérola. Flores de lótus brancas flutuavam numa grande bacia de mármore no centro do pátio. Nos cantos mais escuros havia divãs dourados e prateados, e ramos de jasmim enroscavam-se pelas colunas de alabastro. (...)

Os homens resmungaram pela demora em se tirar o véu que me cobria, mas o rei fez sinal para que se sentassem e ficassem calados. Quando ele se aproximou criei coragem dizendo a mim mesma pa ser forte por Vadhut, Freni e Puah. Não tremi quando ele desnudou meus seios e minha cabeleira dourada, mas meus ossos estavam se desmanchando como uma folha seca. Olhei-o nos olhos como se fosse sua igual. E o vi amansar diante de mim como se fosse um simples pastor e eu, a deusa, o tivesse em minhas mãos.

A própria Ishtar não ficaria mais satisfeita com a beleza daquele imponente mortal: sua testa larga, seus olhos escuros e profundos, seu nariz forte, seu quixo resoluto. Cada uma de suas pernas era grossa como um cedro-do-líbano, e seus ombros eram largos como os rios da Babilônia. Sua barba era uma floresta de zimbro perfumado.Com os olhosele beijou cada febnda do meu corpo. Os outros homens desapareceram da minha visão. O rei ergueu os dedos e acariciou meus seios nus como se fossem frutos proibidos. Meus ossos se dissolveram em mel. Ele se afastou de mim. Tragam-na para o meu quarto, ordenou o rei.



TURISTAS NO RIO – Logo abaixo tem um post com esse mesmo título em que narro algumas aventuras de turistas que foram assaltados por policiais do Rio de Janeiro. Impressionado com o que leu um rapaz de Curitiba me mandou um e-mail contando sobre uma de suas lembranças da cidade. Assim:

Waldir, o Rio é realmente lindo, mas a polícia é uma merda. Em outubro do ano passado, fui com meu namorado passar uns dias na cidade maravilhosa (somos curitibanos). Saímos de um pub em Copacabana, por volta das 3h da manhã e fomos, de taxi, para a pizzaria Guanabara. No caminho fomos abordados por um carro da polícia, que já foi logo perguntando para o taxista: "é gringo??" Com a negativa, fomos apenas revistados e seguimos viagem... Decepcionante... Sempre leio teu blog e adoro as histórias! Abraço, Rafael


Madonna vem aí...

 

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