19.8.15



















UMA NOITE COM TONI PLATÃO - Foi no elegante auditório do Centro Cultural de Furnas que o cantor Toni Platão fez o primeiro show de lançamento de LOV,seu novo CD. LOV são os iniciais da expressão em latim Labor Omnia Vinci,  "o trabalho tudo vence", como ele mesmo explicou durante o show. E disse que a citação em latim não tem nada a ver com o fato dele ter o como sobrenome o nome do filósofo grego. "A citação em latim é porque eu sempre li muito Asterix", disse, entre uma música e outra. No repertório do CD basicamente músicas do novo disco e alguns sucessos antigos como Negro Amor e Movimento dos Barcos.

Na verdade a apresentação do show fazia parte da gravação de um programa ao vivo apresentado pelo lendário radialista Fernando Mansur, para a radio MPB-FM, E apesar de o evento fazer parte do lançamento do novo CD, não existe o CD físico, nem gravadora. O disco está disponível apenas na internet. "A não existência do disco físico me dá uma sensação de liberdade. Afinal, em breve nem mesmo eu terei mais corpo físico", disse, arrancando gargalhadas da platéia. 

Toni está cantando cada vez melhor. Parece estar mais consciente de sua voz. E no palco parece manter um perfeito domínio cênico. Diverte o público com histórias engraçadas e encanta com o novo repertório. A interpretação de "Volta por cima", um clássico incontestável da MPB, recebeu um novo arranjo que deu um frescor à música que já foi gravada por grandes nomes da MPB. Toni Platão ainda faz mais um show no Beco das Garrafas para, como ele diz, testar o repertório. E dia 21 de setembro faz o show oficial de lançamento no Teatro NET Rio.

Depois do show Toni recebeu seus fãs, posou para fotos e depois, junto com a mulher Débora Colker, rumou com seus músicos e o empresário Rafael Borges, (ex Legião Urbana) para um lugar muito especial. "A gente vai tomar uma cerveja lá no meu botequim". É assim que  Toni se refere ao "Rebouças" um botequim que fica na rua Maria Angélica, quase esquina com a rua Jardim Botânico: "meu botequim". É um lugar bem simples, um botequim à moda antiga, um típico pé sujo, mas que é um dos lugares mais badalados  da zona sul do Rio. Frequentado por artistas que moram no Jardim Botânico e redondezas, estudantes da PUC, boêmios e notívagos de vários calibres. "Pode escrever que aqui a gente trata muito bem o Toni Platão", me disse Seu Alberto, o dono do Rebouças, quando fiz uma foto dele junto com o cantor. "Eu adoro seu Alberto e esse botequim. Esse português é um sujeito fabuloso", disse Toni com a voz embargada. E contou histórias curiosas do botequim. E como seu Alberto defendeu duas garotas que estavam se beijando no bar e por isso foram alvo de piadas machistas de  alguns frequentadores não habituais. "Não mexam com as garotas, elas são minhas freguesas e fazem o que quiserem aqui no meu bar".

Toni estava feliz e fez questão de repetir isso várias vezes. Falou de como sentia falta de Cássia Eller, lembrou dos tempos do seu primeiro show solo, depois que sua banda Hojerizah acabou. Falou do trauma que foi a morte de sua mãe quando ele tinha apenas 19 anos. "Quando minha mãe morreu eu pirei. Era um cara certinho, mas essa perda fez com que eu abandonasse tudo o que era certinho na minha vida. Acho que foi por isso que resolvi ser cantor". Toni também falou de suas experiências traumáticas com as gravadoras de disco, na época em que existiam gravadoras. "Quando comecei minha carreira solo uma gravadora queria me lançar como um novo Fabio Júnior, daí eu fiquei apavorado e saí fora. Acabei ficando com fama de difícil. Mas eu nuca fui uma pessoa difícil. Apenas não estava interessado em ser um novo Fabio Júnior", disse às gargalhadas.


Mas seu maior prazer foi mesmo falar do novo disco. "Foi um parto fazer esse trabalho, mas estou muito satisfeito com o resultado. Não tinha grana nenhuma para produzir, mas consegui reunir alguns dos melhores músicos disponíveis no mercado. Todo mundo tocou no disco com amor e disposição. Foi uma experiência incrível".

Nenhum comentário:

Baseado meu amor...

  O STF discute a descriminalização da maconha. Num momento em que as grandes cidades brasileiras vivem num clima de guerra civil por conta ...

Postagens mais vistas