30.11.10




CIDADE NUA - O Rio de Janeiro viveu momentos de terror nas últimas semanas. Uma verdadeira guerra civil na Cidade Maravilhosa. Claro que, para quem vive em Ipanema, o "paraíso continua sendo aqui". A zona sul bombou de festas, agitos e alegria, enquanto além do túnel Rebouças "o bicho estava pegando", como se diz na gíria. Um sol de verão lotou as praias e uma alegria inevitável surgiu estampada no semblante dos cariocas. Claro que houve solidariedade com aqueles que vivem no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro. Claro que houve solidariedade com os (bons) policiais que estavam em ação nesses lugares. Claro que houve uma torcida pelos Militares que entraram em cena para dar um basta no atrevimento dos bandidos. Mas, independente disso havia a água fresca do mar, a vibração com o jogo de Fluminense, um pôr do sol inacreditável. E pagodes, festas, churrascos nas calçadas e tudo o mais que o carioca tanto aprecia.


Eu, como sou um sujeito de sorte, vi três rapazes despirem suas sungas e mergulhar na praia de Ipanema completamente nus. Isso foi exatamente quando acabou o jogo do Fluminense, que venceu o Palmeiras de virada. Os meninos lindos eram da torcida tricolor e decidiram comemorar a vitória mergulhando nus, deixando ainda mais abrasador o pôr do sol de Ipanema. Na água eles pareciam três golfinhos, mergulhando sobre as ondas, exibindo seus traseiros e todo o resto, girando as sungas na mão, enquanto gritavam como loucos: Somos campeões! Somos campeões! Somos campeões!


Agora me responda sinceramente: o Rio de Janeiro não continua lindo?


E por falar em rapazes nus, Fred, o principal jogador do Fluminense posou (quase) nu para a coluna Retratos da Vida, do Jornal EXTRA. Semana passada encontrei o Fred na Praia de Ipanema e, claro, fui falar com ele. Simpático, sorriso acolhedor, pernas incríveis e uma bunda que me deixou com água na boca. Tive o previlégio de vê-lo pessoalmente só de sunga. Não digo que sou um cara de sorte?


No fim de semana ensolarado, que coincidiu com o auge da Guerra Civil, também houve tensão na zona sul. Vimos carros da polícia à toda velocidade, sirenes ligadas, registrando que havia problemas de segurança em vários pontos da cidade. Vi um camburão parar uma moto em Copacabana de um jeito um tanto quanto sensacionalista. Revistaram o motoqueiro, armas apontadas para todos os lados, mas depois liberaram o rapaz, já que não havia nada contra ele. Mas deu para perceber o quanto os policiais estavam tensos.


Eu e dois amigos também fomos abordados pela polícia. Estávamos conversando parados perto da Praça General Osório quando um carro da polícia estacionou ao nosso lado e dois policiais nos abordaram de modo rude e grosseiro. Meu amigo Wallace perguntou se eles queriam revistar sua bolsa e o tira nervosinho respondeu: "cala a boca, você só fala quando eu te perguntar alguma coisa". Quando o sujeito pediu meus documentos eu mostrei minha identificação de Jornalista, logo eles mudaram de tom e foram embora. A polícia morre de medo de jornalistas. Apesar de entender a situação da cidade, achei absurdo o modo grosseiro com que os policiais nos abordaram e resolvi reagir. Pelo número da patrulha, descobri que os policiais pertenciam a UPP do Cantagalo. Chegando em casa liguei para a UPP e fui super bem atendido pelo Sargento de plantão. Expliquei o que tinha acontecido, disse que os soldados haviam sidos grosseiros comigo e com meus amigos e gostaria que eles fossem chamados à atenção. "Você pode me descrever os policiais?", me perguntou o Sargento. "Eram lindos!", respondi eu, sem medo de ser feliz. "Lindos e jovens. Pena que eram mal educados", disse. Depois de mais de meia hora de conversa, o Sargento me disse para ficar tranquilo, que ele já tinha como identificar os policiais e que eles iam ser chamados à atenção. Depois me convidou para conhecer a UPP, no alto da favela do Cantagalo. "Suba aqui pra conhecer a nossa UPP, ver um pouco do nosso trabalho. Esteja certo que você será muito bem recebido". É claro que eu vou pegar aquele elevador chiquérrimo em frente a Rua Teixeira de Melo e vou conhecer a UPP do Cantagalo. Achei o Sargento um fofo.


Ainda sobre a Guerra Civil carioca: foi lindo ver a população aplaudindo a chegada das Forças Armadas na área de guerra da cidade. Os Militares já deviam estar há muito tempo participando da segurança pública no Rio e em outras grandes cidades do Brasil. Mas o Sérgio Cabral nunca quis o Exército nas ruas. Ele é traumatizado por que seu pai foi preso durante o Governo Militar e por isso ele odeia os Militares. Algum assessor podia sugerir ao Cabral fazer umas sessões de psicanálise com o Paulo Próspero, para ver se ele supera esse trauma de infância. Atualmente ele é o Governador do Rio e a população do estado, em especial a segurança pública, não podem ficar reféns dos seus traumas de infância.


Adoro os Militares. As fotos desse blog dizem tudo sobre esse meu fetiche.


Nada abala minha paixão pelos militares. Nem mesmo o caso do Sargento do Exército que deu um tiro num rapaz, incomodado por que ele estava dando pinta no Parque Garota de Ipanema, ao lado do Forte de Copacabana. Tudo isso no dia da Parada Gay, o que mostra como a festiva parada deixou essa bicha enrustida nervosa. Pois vamos falar a verdade: um sujeito que agride um homossexual da forma como ele agrediu tem toda a patologia da bicha atormentada, aquela que não quer revelar seus segredos nem para seu próprio espelho. O sujeito que é machão de verdade, em geral, é generoso e paciente com os gays.


Falo do caso do Sargento que atirou na Biba só pra contar uma coisa aos meus queridos leitores: conheço um Militar maravilhoso que serve no Forte de Copacabana. É um sujeito muito legal. Bonito, gente boa, inteligente. Pois bem! Nesse último fim de semana ensolarado e agitado eu o encontrei no Veloso, o badalado bar do Lebon. "Tava doido pra te encontrar e comentar contigo o caso do Sargento que atirou no rapaz da Parada Gay", me disse ele com um sorriso malicioso. "Que cara covarde, jogou o nome do Exército na lama. Lá no quartel tá todo mundo puto com ele", continuou falando com seu jeito aparentemente rude, mas que na verdade esconde um sujeito sensível e humano. Ele também me contou que o tal Sargento já era detestado no quartel muito antes da confusão. "Ele sempre foi esquisito. Tremendo puxa-saco dos superiores. Mas gostava de humilhar e constranger os inferiores. Os cabos e soldados do Forte de Copacabana estão adorando que ele agora tá preso.


Ri melhor quem ri por último!

Um comentário:

tertuliano disse...

De fato, waldir,vc é mesmo um cara de sorte!!!Deus o conserve assim! tertu

Madonna vem aí...

 

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